A convite da RTP Madeira, a Associação Insular de Geografia partilhou algumas das suas preocupações relativamente aos recentes incêndios ocorridos na Madeira, bem como, aos planos de recuperação das áreas atingidas.

Num evento de elevado risco e de extrema complexidade, o Presidente da Direção entende que nem tudo correu bem nestes 13 dias de intensa ação, mas o mais importante neste momento, será ter a capacidade de ouvir, pensar e agir coletivamente, evitando que essa reflexão se concentre exclusivamente no domínio político (partidário). Considerou também existir neste momento, uma politização excessiva do debate em torno dos incêndios, o que não favorece em nada a procura de soluções para o futuro: "é importante não misturar excessiva e deliberadamente o plano político, com o plano técnico, pois ao fazê-lo, estamos a condicionar a participação da sociedade civil que é algo muito importante (e positivo), pondo em causa a salvaguarda do nosso território, a sua sustentabilidade e a preservação daquele que é o nosso maior ativo - a paisagem".

Na entrevista, a AIG teve ainda a oportunidade de reiterar a importância do recente reconhecimento da instituição como ONG ambiental, algo que não apenas dignifica o trabalho da AIG e dos geógrafos, como também reforça o nosso compromisso com a preservação da natureza e a gestão territorial.