O mar como recurso foi o tema em destaque na da Semana do Ambiente promovida pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos, entre os dias 4 e 10 de junho, no âmbito da qual a Associação Insular de Geografia e a Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais foram convidadas a participar na dinamização de uma viagem marítima de estudo à Área Protegida do Cabo Girão, dirigida a alunos, docentes, técnicos municipais e pescadores locais.

Nesta viagem de estudo as entidades convidadas tiveram oportunidade de sensibilizar os presentes para a importância do mar como recurso e dar a conhecer a importância e objetivos da criação da Área Protegida do Cabo Girão, que integra um Parque Natural Marinho, uma área de Paisagem Protegida e uma área de Monumento Natural.

A área marinha, costeira e arribas do Cabo Girão têm um valor natural e cénico extremamente elevado. As suas características únicas têm suscitado uma cada vez maior procura para o desenvolvimento de múltiplas atividades humanas com grande relevância socioeconómica e apresenta um elevado potencial para diversas atividades como o mergulho, o surf, a observação de vida selvagem e do património geológico, assim como para passeios marítimos de contemplação e bem-estar. Todavia, a singularidade, qualidade e diversidade dos valores presentes exigem igualmente uma atenção especial à sua preservação e gestão, que ao longo desta viagem procuramos salientar.

Segundo a vice-presidente da Câmara, Sónia Pereira, a escolha do tema do mar e dos recursos marinhos para Semana do Ambiente tem como objetivo suscitar o debate “sobre as problemáticas ambientais relacionadas com os oceanos, e a sua relevância para o desenvolvimento sustentável, tendo em vista a preservação de um dos maiores recursos do concelho: o mar, que está intimamente ligado à sua economia e às suas gentes, constituindo uma extensão do próprio município.”

Por outro lado, estas iniciativas procuram “sensibilizar a população para uma correta gestão e utilização dos recursos marinhos, evidenciando todas as suas potencialidades, bem como alertar para os perigos inerentes em termos não só ambientais, mas também económicos e sociais, promovendo-se junto da população boas práticas e hábitos que visem a redução do lixo marinho, que constitui um flagelo na atualidade”.