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Debate: A Geografia e o Papel do Geógrafo na Atualidade
No âmbito da Semana da Geografia, debatemos os desafios e oportunidades que se apresentam aos Geógrafos Insulares.No âmbito da Semana da Geografia e das comemorações do Dia do Geógrafo, a Associação Insular de Geografia realizou, no Auditório da FNAC Madeira, o debate “A Geografia e o Papel do Geógrafo na Atualidade”.
Com alguma frequência, os Geógrafos são questionados sobre o âmbito da Geografia e sobre o seu papel na compreensão, desenvolvimento e sustentabilidade dos territórios. Para debater esta problemática e os principais desafios e oportunidades que se colocam a esta ciência e aos seus profissionais na Região Autónoma da Madeira, convidamos quatro Geógrafos, que exercem funções em domínios distintos:
Oradores Convidados:
- Raquel Lopes - Departamento de Economia e Cultura – Câmara Municipal do Funchal
- Armando Barreiro - Conselho Executivo da Escola Básica e Sec. Dr. Ângelo Augusto da Silva
- Uriel Abreu - Serviço Municipal de Proteção Civil – Câmara Municipal de Câmara de Lobos
- Sérgio Lopes - Serviços de Hidráulica Fluvial – Secretaria Regional dos Equipamentos e Infraestruturas
Moderador:
- Ilídio Sousa – Associação Insular de Geografia
Esta iniciativa revelou-se um interessante exercício de reflexão sobre as potencialidades e desafios que esta área científica enfrenta na Região Autónoma da Madeira. Como era expectável, não faltaram exemplos da diversidade de domínios onde as competências do geógrafo podem fazer a diferença, desde os vários níveis da administração pública, até à iniciativa privada e ao ensino. Mas foram também aflorados alguns constrangimentos e desafios que importa considerar.
A facilidade de trabalhar em equipas multidisciplinares, a capacidade de realizar análises multiescalares ou transversais a vários domínios, a faculdade de representar espacialmente processos e fenómenos, são apenas alguns dos exemplos, que reuniram maior consenso, no campo das vantagens comparativas.
Todavia, foram também abordados alguns constrangimentos, como a escassa especialização da formação académica de base, num mundo cada vez mais especializado. As dificuldades de afirmação da Ciência Geográfica no ensino básico obrigatório e o seu distanciamento face a domínios incontornáveis da Geografia atual, como sejam, o ordenamento do território, os sistemas de informação geográfica ou as geotecnologias. O individualismo da classe profissional e a relutância em afirmar-se Geógrafo. O distanciamento entre a academia e os técnicos, que limita a renovação do conhecimento e a incorporação de inovação, especialmente tecnológica. Ou, a generalizada carência de informação territorial de base, essencial ao desenvolvimento de análises territoriais mais complexas, foram alguns dos aspetos aflorados e que geraram interessantes reflexões.
No campo dos desafios, salientamos o da incorporação tecnológica e da sua necessária adequação aos métodos e necessidades da Ciência Geográfica. A aproximação e colaboração entre geógrafos, para a qual a criação de uma Ordem não pode deixar de ser ponderada. A adequação dos currículos do ensino básico, aos métodos e conteúdos da geografia atual. Ou, o desafio de gerir a heterogeneidade metodológica desta ciência, foram alguns dos aspetos sublinhados pelos presentes.
Considerando o interesse das temáticas abordadas e o salutar debate suscitado, fica a promessa de novos exercícios de reflexão num futuro próximo.
Horários da Atividade:
Data | Hora | Duração |
---|---|---|
31 Mai, 2018 (Quinta) | 18:30 | 1 hora |
Local:
Auditório da FNAC Madeira, Funchal
Categoria:
Imagens e Vídeos:
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